No dia 01 de dezembro de
2015, na Escola João Francisco Pereira aconteceu uma reunião com os pais ou
responsáveis dos alunos e a comunidade sobre o Projeto Cisternas nas Escolas no
município.
Sendo assim, a palestra
foi feita por Daiane representante do MOC, onde a mesma abordou os cuidados
com a
cisterna que será implantada na escola. E um pouco sobre projeto que tem
parceria com a prefeitura na construção da cisterna, sobre a data em que os
materiais chegarão na escola, e por fim a mesma agradeceu as famílias por terem
participado da reunião.
Cisterna na escola leva cidadania e qualidade de vida às crianças do
Semiárido
Buscando assegurar alguns dos direitos da criança e do adolescente, como
o direito à alimentação saudável e o acesso à água de qualidade também nas
escolas, a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), através do Movimento de
Organização Comunitária (MOC) e com o apoio da Cooperação Espanhola, vai
construir 45 cisternas de consumo humano em municípios dos territórios do
Sisal, Bacia do Jacuípe e Portal do Sertão.
A princípio, ainda não
foram definidos os municípios que irão receber as cisternas, mas estão no
aguardo oito municípios que integram a Comissão Microrregional de Recursos
Hídricos que é acompanhada pelo MOC. São eles: Santa Bárbara, Cansanção,
Serrinha, Quijingue, Antônio Cardoso, Araci, Riachão do Jacuípe e Anguera.
Esses municípios foram previamente escolhidos devido a uma pesquisa creditada
ao Ministério da Educação e que pontuou critérios como condições de
miserabilidade, ausência de políticas públicas na zona rural e falta de
abastecimento de água nas escolas.
É freqüente na zona
rural a ausência de água de qualidade para a manutenção das atividades
escolares e também para o consumo das crianças. Muitas escolas não possuem
cisternas e falta água para beber, cozinhar e limpar. Geralmente a água
utilizada vem de carros pipas, barrreiros, tanques e outros reservatórios
hídricos que não são completamente confiáveis e preocupam, pois, são portas de
acesso para diversas doenças e problemas de saúde.
Água de qualidade em casa e agora na escola - O principal objetivo das cisternas
construídas pela ASA, junto com o MOC e a Cooperação Espanhola, será portanto,
garantir o direito à água de qualidade às crianças e adolescentes nas escolas
do campo. Em muitas comunidades a maioria das famílias já possui a cisterna em
casa. A proposta, no entanto, é expandir esse contexto e fazer com que não só
em casa, como também na escola, seja utilizada uma água limpa.
Para seu Otávio Barreto
de Araújo, que faz parte da APAEB e da Comissão de Recursos Hídricos do
município de Araci, a construção das cisternas nas escolas será mais uma
conquista e o consumo da água de qualidade pelas crianças e adolescentes irá
ajudar a prevenir doenças, melhorar a alimentação escolar e até o desempenho do
aluno. Ele que tem filhos estudando, consegue ver de perto a dificuldade que é
não ter água na escola. “Muitas vezes os meninos levam a garrafa de água de
casa e até já chegou a não ter aula por conta da falta d’água”, afirma.
Através do Projeto
Cisternas nas Escolas, essa realidade vai melhorar. Crianças e adolescentes do
semiárido baiano terão acesso à água de qualidade e poderão ir à escola para
estudar, aprender e brincar. Vão ver também que é possível viver, enfrentando
as dificuldades e convivendo melhor com a realidade da região semiárida.
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